VOZES
NEGRAS
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Quem é Mayara Martins?
Nascida em Jundiaí e criada em Várzea Paulista Mayara Ferreira Martins, aos 19 anos decidiu começar a estudar jornalismo e foi ai que sua jornada na comunicação se iniciou oficialmente. Hoje com 22 anos ela está em seu último ano da faculdade, que cursa em Campo Limpo Paulista no centro universitário Unifaccamp e para finalizar decidiu falar de uma realidade que enfrentou durante muito tempo em sua vida.
A ESCOLHA DO TEMA
Por volta do segundo semestre do terceiro ano de faculdade a questão do racismo e da negritude se tornou muito mais presente na vida da estudante de jornalismo, perguntas como "Você se considera negra?" " Você é muito clara para ser branca" ou "Onde estão as atividades para negros em Jundiaí?", começaram a surgir em seu dia a dia. Falar sobre esse assunto quando ela própria era o alvo sempre foi difícil então ela iniciou com pequenas reportagens que refletiam em seu dia a dia até que um dia conversando em seu estágio com seus colegas ela percebeu que todas as reportagens realizadas eram voltadas para a cultura dos italianos ou portugueses da região.
Esse estalo ascendeu uma lâmpada que no inicio de 2023 se tornaria seu projeto final. Inicialmente a ideia era contar sobre os projetos voltados para os negros até que uma conversa com Mariana Janeiro uma mulher negra, de Jundiaí e figura importante no meio politico deu a ideia de abranger e fazer de sua pesquisa uma procura pela história dos negros em Jundiaí, o que resultou em uma abrangência de informações e recaptura de lembranças do povo negro.
Descobrindo sua negritude
Ao iniciar sua pesquisa, Mayara conheceu pessoas, histórias e vivencias que compuseram este projeto e em toda essa caminhada ela se descobriu o que contribuiu para tornar a pesquisa mais sensível e trazer para o pessoal.
Quando se descobriu negra, a pesquisadora se viu dentro do próprio projeto e isso trouxe mais conteúdo e experiencias para toda produção.
"Me descobrir negra veio das leituras, das conversas e de também de como a comunidade negra me via, e isso foi muito importante porque a intenção de todo o projeto é ajudar a encontrar essas pessoas que se descobriram negras a encontrarem sua comunidade" , diz a jornalista ao falar sobre a trajetória.