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IGREJA DO POVO

O povo negro foi retirado de sua terra, povo, cultura e religião. Sendo privados de suas ancestralidades as pessoas negras se viram com a necessidade de se prender em algo. 

A capoeira, a comida como a feijoada e o estilo de cabelo trançado, hoje são o que lembramos como cultura desse povo, mas que foram maneiras de sobrevivência que acabaram se tornando parte dessa cultura que conhecemos hoje. Com a religião foi a mesma coisa, o povo pobre e escravizado viu acolhimento dentro da igreja católica, mais especificamente em dois santos, Nossa senhora do Rosário e São Benedito. 

Na época em que os negros começaram a frequentar a igreja era conhecida como Igreja Nossa Senhora dos pretos, sua história milagrosa se assemelha com a de Nossa senhora Aparecida, onde a imagem da mesma é encontrada em um rio, a diferença é que a elite da época gostou de Nossa Senhora do Rosário e a colocou em sua igreja, porém a imagem sempre desaparecia e reaparecia próximo dos pretos. Isso fez com que aquela imagem se tornasse a santa dos negros e pobres junto com São Benedito.

Em Jundiaí existiram dois locais onde esse povo se reunia, a igreja de Nossa Senhora do Rosário e a capela de São Benedito, ambas foram demolidas em 1922, naquela época a desculpa foi que a cidade estava crescendo e por isso elas deveriam ser demolidas, contudo é muito fácil acreditar vendo o histórico de ruina cultural do povo negro, que esse feito foi mais uma vez uma maneira de impedir que a cultura deles crescesse e eles começassem a se tornar parte daquela sociedade. 

Onde hoje se encontra o Gabinete de Leitura e a Rua do Rosário, antes era o ponto a pequena igreja ficava. Eles reconstruíram ao lado do clube 28, denominada como igreja Nossa Senhora do Rosário e São Benedito, uma das mais bonitas igrejas da cidades que hoje pouco se é frequentada por negros mas que na época de sua reconstrução acolheu e reuniu esse povo. 

Abaixo é possível ver um pouco de como a igreja é por dentro: 

São benedito
Maria do Rosário

Ficou curioso e quer saber onde encontrar esse local histórico? É só clicar no ícone abaixo 

Nossa Equipe

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Mayara Martins

Fundadora e criadora do projeto Vozes Negras, para saber mais clique na foto.

Esse projeto tem como colaboradores Felipe Schadt, Anne Medina, coordenação de Leni Calderaro Pontinha com apoio do Centro Universitário Unifaccamp de Campo Limpo Paulista.

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